Quarta-Feira, 28 de Maio de 2025, 11h10 154f2v
Soraya Medeiros
O poder da intuição e o caminho do autocuidado!
Soraya Medeiros
Soraya Medeiros
Vivemos em um mundo barulhento. A todo momento, somos atravessados por opiniões, notificações, conselhos não solicitados e expectativas alheias. Em meio a tanto ruído, o som mais valioso — aquele que vem de dentro — muitas vezes é abafado: a nossa intuição.
Mais do que um pressentimento, a intuição é uma forma legítima de sabedoria interior. Ela não precisa de justificativas lógicas, porque fala a partir de uma fonte mais profunda: o inconsciente. Como afirmou Carl Jung, psiquiatra suíço e um dos grandes pensadores do século XX. “A intuição é a função psicológica que nos permite perceber a realidade de forma indireta, através do inconsciente”.
Ou seja, quando ouvimos a intuição, não estamos sendo irracionais, mas sim sintonizando com algo que vai além da razão — uma percepção refinada, muitas vezes ignorada em uma sociedade que supervaloriza o mental e desvaloriza o sentir.
Escutar a própria intuição, portanto, é um ato de reconexão. E é aí que o autocuidado se torna essencial.
A Dra. Judith Orloff, psiquiatra e autora de livros sobre empatia e saúde emocional, defende que ouvir a intuição é uma forma poderosa de autocuidado, pois ela nos alerta sobre situações prejudiciais, guia decisões mais sábias e fortalece nossa conexão com ambientes e pessoas que nutrem o nosso bem-estar. Em A Revolução da Empatia, ela escreve. “A intuição é uma forma de inteligência emocional que protege nosso bem-estar e nos conecta com a sabedoria interior. Quando você honra, está cuidando de si em um nível profundo”.
Mas essa escuta sutil só é possível quando criamos espaço para ela florescer. Autocuidar-se é mais do que seguir tendências de bem-estar ou tirar um dia de folga. É um compromisso profundo com a própria integridade emocional, física e espiritual. É dizer “sim” ao que nutre e “não” ao que nos intoxica. É silenciar o excesso para ouvir o essencial.
Quando negligenciamos esse cuidado, tornamo-nos vulneráveis ao caos externo. As decisões am a ser tomadas por medo, carência ou pressa. Já o autocuidado, por outro lado, cultiva solo fértil para que a intuição possa crescer — e, com ela, floresçam também a clareza, a autoconfiança e a paz interior.
Dormir bem, desacelerar, meditar, escrever sobre os próprios sentimentos, caminhar em silêncio, ar tempo na natureza ou simplesmente respirar conscientemente: são formas simples, mas profundas, de autocuidado. Pequenos rituais que nos conecta ao corpo, ao sentir, e, sobretudo, à voz que habita dentro de nós. A intuição é o nosso farol. O autocuidado, a energia que mantém essa luz acesa. Em um mundo que insiste em nos afastar da nossa essência, confiar na própria intuição e cuidar de si não é apenas um privilégio — é um ato de resistência e amor próprio.
Soraya Medeiros é jornalista com mais de 23 anos de experiência, possui pós-graduação em MBA em Gestão de Marketing. É formada em Gastronomia e certificada como sommelier
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