O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) Waldir Teis foi preso pela Polcia Federal na manh desta quarta (1). O mandado de priso foi determinado pelo Superior Tribuna de Justia (STJ) por embarao investigao de infrao penal, no mbito da Operao Ararath,deflagrada em 17 de junho. Os agentes esto neste momento no edificio Maruan, na avenida do A. A ao 頠acompanhada pelo advogado Digenes Curado, que faz a defesa do conselheiro.

Waldir Teis est afastado do cargo de conselheiro desde setembro de 2017 pela Ararath

Outros dois mandados de busca e apreenso tambm so cumpridos na manh de hoje. Os agentes buscam outros documentos relacionados a Teis.

O advogado do conselheiro informou que ele j est na sede da PF e ir ar por exame de corpo de delito. Deve ser encaminhado para o Centro de Custdia da Capital (CCC).

A obstruo de Justia ocorreu na 16 fase da Ararath. A PF foi at o escritrio dele na avenida do A. Teis saiu "de fininho” do local, pegou um elevador, mas foi flagrado por uma agente da Polcia Federal descartando cheques.

A essa etapa da investigao, que est na 16 fase, foi dado o nome de Operao Gerion. Na mitologia, Gerion um gigante difcil de combater.

O Ministrio Pblico Federal (MPF) denunciou o conselheiro pela obstruo. De acordo com a denncia,ao notar que os policiais se concentravam em uma segunda sala, Teis recolheu uma srie de tales de cheques com cifras milionrias e outras folhas assinadas, mas sem preenchimento do valor, que estavam em sala ainda no analisada pelas autoridades. Mas acabou sendo flagrado, e o material, que havia sido jogado numa lixeira, foi recolhido.

Em sua denncia, o MPF narra que no dia da Gerion membros do rgo e agentes da PF estiveram em 19 endereos ligados aos investigados na Ararath. Durante as buscas no escritrio do conselheiro do TCE-MT, a PF flagrou o investigado tentando destruir cheques assinados em branco e canhotos de cheques - jogando-os na lixeira do prdio, depois de descer correndo 16 andares de escada. A tentativa do conselheiro foi filmada e fotografada. S no houve priso em flagrante por que conselheiro tem imunidade semelhante de magistrados, o que restringe a possibilidade prises quando se tratar de crimes afianveis.

Na investigao, a PF e o MPF identificaram que os cheques so de empresas ligadas organizao criminosa da qual o conselheiro faria parte. Os canhotos dos cheques somam mais de R$ 450 mil. Na deciso, o ministro do STJ Raul Arajo apontou indcios de materialidade e autoria dos crimes investigados e decretou a priso preventiva do conselheiro para a garantia da ordem pblica, para a convenincia da instruo criminal e tambm pelo perigo gerado pelo investigado contra a elucidao dos fatos.