Deputados estaduais avaliam como grave a situao dos consignados e defendem a tomada de medidas para apurar a possibilidade de fraudes e tambm para auxiliar os servidores pblicos que esto com os oramentos “estrangulados” em razo de alto endividamento, em razo de hoje ser permitido o comprometimento de at 60% dos salrios. "Que precisa uma investigao precisa, mas o Governo do Estado est tomando todas as medidas neste sentido", defende Carlos Avalone (PSDB).

Apesar de considerarem a situao delicada, vrios deputados ouvidos pela reportagem avaliam que o governo demostra estar dando respostas sobre a situao e que, por isso, neste momento no necessria a criao de uma I, como alguns sindicalistas defendem.

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Deputados estaduais Wilson Santos, Carlos Avallone e Ldio Cabral

Na sesso desta quarta (21), o deputado estadual estadual Wilson Santos (PSD) defendeu que o Parlamento suste os efeitos do convnio 030/2022, suspeito de descontos indevidos nos emprstimos consignados de servidores pblicos estaduais de Mato Grosso.

“Governo Mauro Mendes acerta quando anunciou ontem uma fora-tarefa para fazer uma anlise criteriosa, rigorosa. Enquanto isso est sendo feito, ns gostaramos que esse Parlamento aprovasse esse decreto legislativo [de autoria de Wilson com coautoria de Max Russi] sustando os efeitos do convnio 030/2022”, disse.

Ontem (20), o Estado publicou decreto determinando a verificao e apurao de possveis irregularidades cometidas por empresas consignatrias conveniadas ao Estado, em relao a crditos e valores consignados aos servidores ativos e inativos. A medida, segundo o governo, busca impedir prejuzos financeiros aos servidores pblicos e assegurar eventuais ressarcimentos pelas consignatrias.

Diante da situao, o deputado estadual Ldio Cabral (PT) solicitou informaes e tambm quer convocar o secretrio de Planejamento e Gesto Baslio Bezerra para dar explicaes. “Se no for satisfatrio, cabe sim a instalao da I”, disso o petista. No entanto, ressalta que nos ltimos anos j houve uma I, que apresentou relatrio em 2018, mas que a maior parte das recomendaes nunca foram implementadas, entre elas, o limite de o aos consignados.

"H aposentados hoje que esto com praticamente toda a sua renda comprometida com o pagamento de consignados, de CDC, de agiotas. preciso agir sobre isso. Do ponto de vista Legislativo, cabe a ns definir os limites existentes hoje, deveria ser no mximo de 30%”, argumenta sugerindo que o governo tambm encabece um processo de renegociao coletiva dos emprstimos existentes.

"Mais do que 30% a 35% um absurdo. crucificar o servidor no final das contas. O cara se desespera num momento de aperto e vai. ouvi o deputado Wilson falar que tem juros de at 9%, se for verdade, um absurdo", pondera Avalone.

O presidente do Sinpaig, Antnio Wagner, que tambm esteve na Assembleia Legislativo de Mato Grosso (ALMT), cobra esclarecimentos e alerta que mais de 20 mil servidores podem ter sido lesados. Para ele, o decreto do Estado visa apenas tampar o sol com a peneira; "Ele vai querer auditar 39 bancos por amostragem, ns j estamos apontando o agulheiro inteiro, So esses os principais que esto com irregularidades", concluiu.