Quarta-Feira, 31 de Janeiro de 2024, 08h30 325t5g
Rosane e Fábio Argenta
Casos de dengue crescem 15,8% e vacina já está na rede privada
Rosane e Fábio Argenta
Os casos de dengue cresceram 15,8% em 2023. Nas três primeiras semanas de 2024 o aumento chega a 170% em comparação ao mesmo período do ano ado. Diante do cenário, o SUS investe na prevenção, com vacina já disponibilizada na saúde privada.
O SUS irá imunizar crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos com o imunizante Qdenga, disponível na rede privada desde julho de 2023. Esta faixa etária concentra o maior número de hospitalização por Dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina ainda não foi liberada pela Anvisa. A previsão é que as primeiras doses sejam aplicadas em fevereiro.
Em um cenário de crescente preocupação com a saúde pública, o Brasil incluiu em seu calendário a vacina contra a dengue, sendo o primeiro país a fornecer gratuitamente o imunizante Qdenga, que já estava disponível desde julho do ano ado na saúde privada. O país enfrentou um aumento alarmante de 15,8% nos casos em 2023. Este aumento expressivo lança luz sobre os desafios enfrentados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para controlar a disseminação da doença.
O imunizante Qdenga já está disponível na saúde privada desde julho do ano ado para pessoas de 4 a 60 anos de idade, independentemente da exposição anterior à doença e sem necessidade de teste pré-vacinação. Dra. Rosane Orth Argenta, CEO da Saúde Livre Vacinas e Conselheira da ABCVAC destaca o importante papel das redes privadas nesse cenário de escassez.
“É uma vitória de todos os brasileiros a incorporação desta vacina no calendário anual do SUS. Mas é importante ressaltar, que devido a escassez de doses, as pessoas de grupo de risco também podem ter o ao imunizante através das redes privadas”, explica Rosane.
A colaboração entre a saúde pública e a privada surge como uma estratégia para superar esse obstáculo. As clínicas privadas, com sua capacidade ágil de adaptação, oferecem uma alternativa crucial para vacinar grupos de risco de maneira eficiente. Essa parceria não apenas alivia a pressão sobre o sistema público de saúde, mas também garante que a imunização alcance populações mais vulneráveis.
Dra. Rosane Argenta também chama atenção para a época de chuvas, período associado ao aumento dos casos de dengue. “A temporada de chuvas cria ambientes propícios para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor transmissor da doença, tornando essencial uma ação preventiva e eficaz, desde cuidados básicos eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, até a vacinação, diminuindo novos casos e, sobretudo a gravidade da doença, com consequente diminuição de internação hospitalar”.
Segundo Dr. Fábio Argenta, Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia MT, a vacina consiste de 2 doses, com intervalo de três meses entre elas, via subcutânea, apresentando redução de casos mais graves e hospitalizações em mais de 90% dos indivíduos imunizados. Na maioria das situações clínicas, a vacinação é identificada como ação de prevenção primária. Porém, neste caso, quando é transposta aos cardiopatas, idosos e portadores de comorbidades (imunossuprimidos) geralmente se trata de prevenção secundária para descompensações que agravam as doenças pré-existentes.
De acordo com a OMS, o país tem o maior número de casos da doença no mundo, respondendo por metade do total global. Autoridades de saúde já alertaram para uma epidemia da doença no Brasil em 2024. Por isso, é fundamental manter a adoção de medidas preventivas e persistir no combate à proliferação do mosquito transmissor, e agora contar com o mais novo aliado, a vacinação.
Rosane Orth Argenta, CEO da Saúde Livre Vacinas e Conselheira da ABCVAC (Associação Brasileira de Clínicas de Vacinação)
Fábio Argenta, Membro Titular da Comissão Eleitoral e de Ética Profissional da Sociedade Brasileira de Cardiologia (CELEP)
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