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Segunda-Feira, 09 de Junho de 2025, 14h47 452i1i

Câmara vai declarar perda do mandato de Zambelli, afirma presidente da Casa

“Quando há conclusão de julgamento no Supremo, não cabe mais ao presidente colocar em votação”, disse Hugo Motta sobre caso da deputada

Fábio Matos

Metrópoles

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta segunda-feira (9/6) que a Casa vai declarar a perda do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), cumprindo o rito estabelecido em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Motta participou, nesta manhã, de um seminário sobre a situação fiscal do país, em São Paulo. O parlamentar disse que, para além de medidas pontuais que visam ao aumento da arrecadação, é necessário promover corte de gastos para que o país consiga equacionar as contas públicas.

 Na parte final do do qual participou, o presidente da Câmara foi questionado sobre qual seria o comportamento do Legislativo após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no último sábado (7/6), de que a Casa deve declarar a perda do mandato da parlamentar.

Na sexta-feira (6/6), a Primeira Turma do Supremo rejeitou, por unanimidade, um recurso apresentado pela defesa da deputada contra a condenação a 10 anos de prisão e à perda do mandato pela invasão dos sistemas internos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O colegiado declarou o trânsito em julgado do caso – ou seja, o encerramento do processo, sem brechas para novos recursos.

“Cabe ao presidente da Casa defender as prerrogativas parlamentares. É isso o que temos procurado fazer. O caso da deputada Carla Zambelli é atípico. Não tem precedentes na Câmara dos Deputados”, afirmou Motta.

“O Supremo, penso eu, por causa da decisão dela de fugir para outro país, antecipou a análise desses embargos”, explicou o presidente da Câmara.

“Quando há conclusão de julgamento no Supremo, não cabe mais ao presidente colocar em votação porque já tem condenação. Então, a decisão judicial tem que ser cumprida. O tratamento que vamos dar é seguir o rito regimental para o cumprimento da decisão do STF, porque é a única alternativa, coisa que temos a fazer, já que o processo judicial dela foi concluso com a sua condenação”, concluiu.

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