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Segunda-Feira, 02 de Junho de 2025, 08h42 2f2t4g

TRIBUTAÇÃO

Alta do IOF: Haddad fala em correção de distorções e reformas estruturais

Presidente da Câmara, Hugo Motta, cobrou a suspensão imediata do decreto do IOF sobre "risco sacado”

Vitória Queiroz

Da CNN, Brasília

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após o Congresso Nacional estabelecer um prazo de 10 dias para que o governo federal apresente um plano alternativo para o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou nesta segunda-feira (2) que a equipe econômica tem duas alternativas.

A primeira possibilidade, segundo Haddad, é "corrigir distorções do sistema financeiro". O ministro, no entanto, não detalhou quais distorções podem ser corrigidas.

“Corrigir distorções do sistema financeiro para abrir espaço para a calibragem do decreto do IOF. Se houver qualquer calibragem, vai ser no âmbito da expansão da correção dos desequilíbrios existentes hoje dos tributos que dizem respeito às finanças”, afirmou Haddad a jornalistas.

Outra alternativa que está sendo estudada é a implementação de novas reformas estruturais. De acordo com o ministro, a medida é necessária para evitar a elaboração de um novo pacote fiscal a cada ano, como o que foi enviado ao Congresso no final de 2024.

“Eu tenho duas alternativas. Uma é uma medida regulatória para resolver o problema de modo paliativo para cumprir as metas do ano. A outra, que interessa mais a Fazenda, é voltar a fazer reformas estruturais”, disse.

Segundo Haddad, as propostas foram apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e ao presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre.


No último domingo (1°), Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitou à equipe econômica do governo federal a suspensão imediata da elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o chamado “risco sacado”.

“Não vai ser discutido [risco sacado] dessa maneira. Vai ser discutido rapidamente. Ninguém aqui está querendo postergar”, disse Haddad nesta segunda (2).

Haddad se reuniu na semana ada com Hugo Motta, Davi Alcolumbre e líderes do Congresso Nacional para tratar do aumento do IOF proposto pelo governo federal. Após o encontro, Motta e Alcolumbre estabeleceram um prazo de 10 dias para que o governo apresente um plano alternativo às medidas.

“Eu saí da reunião da semana ada com um prazo de 10 dias, eu não preciso dos 10 dias. Nós sabemos o que precisa ser feito. Precisa tomar uma decisão política do que será feito. Diante do que eu ouvi, eu acredito que essa semana a gente possa resolver e melhorar a regulação do IOF, combinado com as questões estruturais”, afirmou.

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