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Sexta-Feira, 13 de Junho de 2025, 07h40 3x1rm

SAÚDE NA CAPITAL

Samantha Iris é contra vacinação obrigatória da Covid-19 em crianças

A primeira-dama disse a vacinação de crianças contra a Covid-19 dever uma "opção da família"

Cecília Nobre e Patrícia Sanches

A vereadora e primeira-dama de Cuiabá, Samantha Iris (PL), declarou seu apoio ao projeto do vereador Rafael Ranalli (PL) que prevê a retirada da vacinação obrigatória em crianças contra a Covid-19. Para a parlamentar, a vacinação infantil contra a doença - que levou a uma pandemia - “não compensa”. Ironicamente, Samantha está à frente da campanha de vacinação contra a gripe, realizada, atualmente, em três shoppings da Capital. 

Questionada se tal posicionamento não seria um dos motivos pelos quais a cobertura vacinal da gripe e outras patologias estão abaixo do ideal, Samantha disse que não se pode generalizar, pois “é muito relativo”.

Rodinei Crescêncio

“Assim, a gente não pode generalizar a questão da vacinação, mas a questão da vacinação do Covid, eu acho que tem que ser uma opção da família, porque eu acredito, eu, Samantha, acredito que é uma vacina que não compensa dar nas crianças”, declarou.

A primeira-dama disse ainda que a vacina da gripe existe a mais tempo, além de que, segundo ela, foi “testada corretamente”. 

“Então, se é uma coisa que não tem efetividade, eu acho que a família deve ter ali a escolha de saber se vai ou não dar, principalmente nas crianças. Agora, a questão da vacina da gripe, a vacina que tem mais tempo, a vacina que foi testada corretamente, que demonstrou eficácia, que é importante, as pessoas têm aderido, sabendo essa diferença”, disse.

Eficácia comprovada

Conforme amplamente divulgado na imprensa nacional e internacional, as vacinas contra a Covid-19 demonstraram alta eficácia na prevenção de casos graves, hospitalizações e mortes causadas pelo vírus. Todas as vacinas foram aprovadas pela Anvisa e aram por rigorosas fases de testes clínicos, conforme exigido pela legislação sanitária brasileira e internacional. 

Esses testes envolveram milhares de voluntários e seguiram critérios científicos para comprovar a segurança, a eficácia e a qualidade dos imunizantes antes da liberação para uso na população.

Os estudos clínicos foram realizados em três fases: inicialmente para avaliar a segurança, depois a capacidade de gerar resposta imune, e por fim a eficácia em larga escala. 

Após a aprovação emergencial ou definitiva, o monitoramento continuou com a chamada farmacovigilância, garantindo que os benefícios da vacinação fossem continuamente avaliados. Diante desse processo criterioso, as vacinas foram fundamentais no controle da pandemia, reduzindo significativamente a mortalidade e os impactos na saúde pública.

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