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Domingo, 12 de Dezembro de 2021, 21h07 2cp5y

eio escolar

Fantástico fala sobre morte de jovem e delegado diz apurar negligência

Professores revelaram que 3 alunos estavam pulando no local e pode ter ocorrido queda acidental, diz delegado

Patrícia Sanches

O Fantástico deste domingo (12) trouxe detalhes sobre a apuração da morte do adolescente Daniel Hiarle Arruda de Oliveira, de 14 anos, durante um eio escolar em Chapada dos Guimarães, no último dia 6. Segundo delegado Alexandre da Silva Nazareth estão sendo avaliadas evidências que podem “sim formar a convicção da autoridade policial no sentido de indiciar quem tenha agido com negligência ou imprudência”. O eio foi organizado por equipe da Escola Professor Welson Mesquita de Oliveira (antigo Pascoal Ramos), localizada no bairro Pascoal Ramos, na Capital, que organizou o eio.

Delegado ressalta que haviam mais de 30 pessoas no local, onde o limite é de 24, conforme placa na entrada. Além disso, segundo ele, professores relataram que três alunos brincavam de pular em determinado local da cachoeira. “Pode ter havido sim uma queda acidental na água”, diz, ressaltando que aguarda o resultado dos laudos.

A mãe do jovem fez um desabafo e cobra desfecho da apuração. "Eu quero Justiça do que aconteceu, eu quero a verdade do que aconteceu, vai aparecer o culpado e vai aparecer a verdade", disse Jocelly Mara Rodrigues de Oliveira ao Fantástico.

Reprodução

Daniel morreu na cachoeira da Prainha, que fica a 3 km do Véu das Noivas.  “Tem pedras escorregadias que oferecem um certo risco à população”, disse o major Emerson Henrique Acendino ao Fantástico.

A reportagem ressaltou ainda o fato do circuito ter ficado fechado após um acidente em 2008 e ter sido reaberto apenas com a presença de guias. Mas, no último dia 23, 13 dias antes do eio, uma portaria autorizou a entrada de visitantes sem a necessidade de profissionais.

Em nota, o ICMBio diz que as trilhas possuem estrutura adequada, sinalização e indicações de o. E que, por isso, a visitação é permitida em algumas trilhas. "Cada visitante recebe orientações e assina um termo de risco logo na entrada da unidade".

Reprodução

 Diz também que foi orientado procedimento padrão de 1 professor para cada 10 estudantes. Já a escola alega que a recomendação era de 1 profissional para cada 15 alunos. Mas, segundo apuração, eram 6 monitores para 72 alunos, o equivalente a 1 para cada 12.

De todo modo, a escola frisa que todos os protocolos foram seguidos e que os professores sabiam nadar e poderiam fazer resgate em caso de necessidade. Salienta também que os estudantes não ficaram sem acompanhamento.

Alcimária Ataídes da Costa, adjunta de gestão Educacional, reforça que a morte foi uma fatalidade que mexeu com a família e com a comunidade escolar. Diz que se houver necessidade de ajuste nos protocolos, será feito pela Seduc.

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